Desde seu lançamento em 2007 até os dias atuais, o Renault Sandero passou por transformações marcantes em design, tecnologia e desempenho. Entenda como o modelo conquistou o consumidor brasileiro e qual é o seu legado.
Renault Sandero: a evolução de um compacto que ganhou espaço nas ruas do Brasil
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Desde o lançamento em 2007, o Renault Sandero passou por transformações marcantes em design, tecnologia e desempenho. Descubra de que maneira o modelo conquistou o consumidor brasileiro e qual legado ele deixa.
O Renault Sandero estreou no Brasil em 2007 com uma missão ambiciosa: oferecer um hatch amplo por dentro e acessível no preço. A engenharia da Dacia — braço romeno da Renault — desenvolveu o projeto pensando nos mercados emergentes. Ao longo de mais de uma década, o Sandero cresceu em popularidade porque uniu espaço generoso, robustez e custos de manutenção baixos. Dessa forma, mesmo diante de rivais como Volkswagen Gol, Fiat Palio e Chevrolet Onix, o modelo conquistou famílias e motoristas que buscavam um carro resistente para o dia a dia.
Primeira geração (2007–2013): espaço farto e simplicidade
Em dezembro de 2007, a Renault colocou a primeira geração do Sandero nas concessionárias brasileiras. A marca adotou a plataforma do Logan, o que garantiu um entre-eixos avantajado. Embora o desenho parecesse simples, o hatch já surpreendia: o porta-malas de 320 litros superava muitos concorrentes.
Para mover o carro, a Renault escolheu dois motores flex: 1.0 16V Hi-Flex e 1.6 8V Hi-Torque. Esses propulsores entregavam consumo baixo e manutenção fácil, atributos essenciais para quem usava o carro todo dia. Além disso, a suspensão alta lidava bem com o asfalto irregular das cidades brasileiras.
Logo no início, a Renault criou versões bem definidas — Authentique, Expression e Privilège — e, em 2009, acrescentou o Sandero Stepway. Esse “aventureiro” ganhou suspensão elevada, protetores plásticos e barras de teto, detalhes que atraíram um público em busca de estilo off-road sem abandonar a praticidade de um hatch.
Entre 2011 e 2012, a primeira geração recebeu um leve “facelift”. A Renault reformulou a grade dianteira, atualizou faróis e aplicou plásticos de melhor qualidade no painel. Assim, mesmo na reta final, o carro continuou competitivo.
Segunda geração (2014–2020): visual moderno e mais tecnologia
Em 2014, a Renault apresentou a segunda geração do Sandero. A marca redesenhou completamente a carroceria: faróis maiores, para-choques musculosos e linhas inspiradas nos modelos europeus da empresa. Por dentro, os engenheiros melhoraram a ergonomia, incorporaram plásticos texturizados e acrescentaram a central multimídia Media NAV, que concentrou GPS, Bluetooth e comandos no volante.
Ao mesmo tempo, a Renault refinou os motores 1.0 e 1.6, reduzindo o consumo e elevando a potência. A marca também lançou o câmbio automatizado Easy’R, opção mais barata que um automático convencional, mas com a conveniência de dispensar o pedal de embreagem.
Paralelamente, o Stepway ganhou ainda mais espaço na gama. O visual aventureiro e a suspensão 4 cm mais alta chamaram atenção do público que roda em estradas de terra ou enfrenta valetas urbanas.
Reestilização (2019–2022): segurança extra e conectividade
No fim de 2019, a Renault promoveu outra atualização. A grade dianteira ficou mais ousada, e as lanternas passaram a exibir luzes de LED em formato de “C”. Por dentro, a marca adotou materiais macios ao toque e ofereceu mais itens eletrônicos.
Na área de segurança, o Sandero incorporou controle eletrônico de estabilidade, assistente de partida em rampa e, para as versões 1.6, o câmbio automático CVT. Esses recursos melhoraram tanto o conforto quanto a proteção dos ocupantes.
Durante essa fase, a Renault decidiu diferenciar ainda mais o Stepway, tratando-o como um modelo quase independente. Contudo, Sandero e Stepway continuaram a compartilhar estrutura, motores e boa parte dos componentes.
Encerramento da produção e legado
Em 2022, a Renault encerrou a produção do Sandero na fábrica de São José dos Pinhais (PR). A empresa redirecionou investimentos para o Kwid reestilizado, o SUV Duster renovado e futuros projetos híbridos. Apesar do fim da linha, o Sandero mantém forte presença nas ruas e grande liquidez no mercado de usados.
Os motivos dessa longevidade ficam claros: espaço interno líder no segmento, mecânica simples, suspensão robusta e custo de manutenção baixo. Por isso, motoristas de aplicativo, frotistas e famílias que precisam de porta-malas amplo continuam escolhendo o Sandero como parceiro de trabalho ou lazer.
Conclusão
Em síntese, o Renault Sandero percorreu uma trajetória de sucesso porque sempre entregou valor tangível ao consumidor. Na primeira geração, o carro ofereceu espaço e robustez. Depois, adotou design moderno, tecnologia de conectividade e sistemas de segurança que elevaram seu patamar. Por fim, mesmo fora de linha, ele permanece relevante graças à confiabilidade e ao custo-benefício. Assim, o Sandero prova que um projeto simples e bem-executado pode atravessar gerações e manter o respeito do público brasileiro.
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